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CONFERENCE OUTLINE

          As the bicentennial of the Portuguese Liberal Revolution of 1820 draws near, research on the Portuguese setting for the world-shattering period of the late 18th – early 19th is proliferating. At the same time, interest has been growing as regards the mechanisms of political communication which characterized and made possible the Atlantic range of revolutionary flows. Of these, petitions were definitely a particularly significant mechanism.

        Petitions, representations, appeals and other similar documents were used, either individually or collectively by those who wished to address the Crown, or other authorities. They were a distinctive mark of the Early Modern world. As a form of political or juridical communication, petitions go back to Medieval Europe, but gained a broader geographical expression during the European expansion, when they became one of the most popular means used by overseas populations to convey their interests and grievances. Thus, to a certain extent, the right to petition bears testimony to the negotiated dimensions of early modern Atlantic empires.

          Petitions were also a key element of continuity between the Early Modern and Contemporary worlds in the sense that, unlike many other features and political devices from the Ancien Régime, they survived the revolutionary period. Petitions were a pivotal form of communication in this context and became an additional device for responsive governance in the liberal monarchies or republics of the 19th century. Remarkably, scholars and researchers of both the early modern and modern periods, who specialize in these kinds of sources, often fail to realize this continuity.

          This international conference aims to bridge this historiographical gap. We wish to revisit the role of the petition and its adaption to the broader Atlantic scale, with its changing political landscape, including American independences, the liberal revolutions and the early periods of the new constitutional regimes. Within this chronological and heuristic framework, topics for analyses may include, but are not limited to: the groups involved in the petitioning movement in these times of change; petitions as a voice for the political ‘forgotten ones’ (e.g. slaves, Indians and women); issues and forms of petitions; perceptions of the right of petition in the revolutionary political context; the petitionary movement and the reassembling of collective identities and political loyalties; petition as a political weapon; petitions as a source of ideology.

 

          All proposals (max. 350 words), together with a short CV (one page), should be sent in Word format to petitions.ics2019@gmail.com. The same address can be used to inquire about any questions regarding the congress. English, Portuguese and Castilian will be the working languages. For the benefit of the debate, English will be privileged.

Deadline for the submission of panel and paper proposals: 30 July 2018

Communication of accepted panels and papers: 30 September 2018

Registration deadline: 30 November 2018

 

          Com o aproximar do bicentenário da Revolução Liberal Portuguesa de 1820, a investigação sobre o período revolucionário de finais do século XVIII e inícios do XIX tem ganho novo fôlego. Assim como tem crescido o interesse pelos mecanismos de comunicação política que caracterizaram e possibilitaram o escopo atlântico do fluxo revolucionário. As petições foram definitivamente um desses mecanismos.

            Petições, representações, apelações e outros documentos semelhantes foram usados, individual ou coletivamente, por todos aqueles que desejavam dirigir-se à Coroa ou a outras autoridades. Tornando-se, assim, uma marca distintiva do mundo moderno. Como forma de comunicação política ou jurídica, as petições remontam à Europa Medieval, mas ganharam uma expressão geográfica mais ampla durante a expansão europeia, quando se tornaram um dos meios mais comuns usados ​​pelas populações ultramarinas para fazer valer os sues interesses e queixas. Nesse sentido, o direito de petição pode ser visto como um testemunho das várias dimensões de negociação dos primeiros impérios atlânticos modernos.

            Mas as petições foram também um elemento de continuidade entre os o mundo moderno e o contemporâneo, uma vez que, ao contrário de muitas outras características e dispositivos políticos do Antigo Regime, elas sobreviveram ao período revolucionário. Foram, na verdade, um meio de comunicação crucial neste contexto e afirmaram-se depois como recurso estrutural do governo liberal das monarquias constitucionais ou das repúblicas oitocentistas. Estranhamente, grande parte da investigação que parte deste tipo de fontes, tanto para o período moderno como para o contemporâneo, tende a não valorizar esta continuidade.

            Este congresso internacional pretende contribuir para colmatar esta lacuna historiográfica. É nosso objectivo revisitar o papel da petição e a adaptação à ampla escala do Atlântico, enfatizando precisamente os aspectos relacionados com o seu encaixe na paisagem política em mutação. O que inclui grosso modo as independências americanas, as revoluções liberais e os primeiros períodos dos novos regimes constitucionais. Dentro destas balizas cronológica e heurística, os tópicos para discussão no congresso podem incluir, mas não estão limitados a: os grupos envolvidos no movimento de petições nestes tempos de mudança; petições como voz política dos "esquecidos" (eg. escravos, índios e mulheres); conteúdos e formas de petições; percepções do direito de petição no contexto político revolucionário; relação entre movimento peticionário e a construção de identidades coletivas e lealdades políticas; petição como arma política; petições como fonte de ideologia. 

 

            Todas as propostas (máx. 350 palavras), juntamente com um breve CV (uma página), devem ser enviadas em formato Word para petitions.ics2019@gmail.com. O mesmo endereço pode ser usado para quaisquer outras questões relativas ao congresso. Inglês, português e castelhano serão as línguas de trabalho. Para benefício do debate o

inglês será privilegiado.

Apresentação de propostas até Comunicação de aceitação das propostas até 30 de julho de 2018

Comunicação de aceitação de propostas até 30 de setembro de 2018

Prazo limite de inscrição até 30 de novembro de 2018

 

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